A Eletrobras espera ter uma definição quanto ao pagamento das indenizações do RBSE, ativos de transmissão anteriores a maio de 2000 que foram renovados, até o próximo trimestre. A primeira a ter as regras de indenização conhecida é a Eletrosul. No total dos relatórios entregues à Agência Nacional de Energia Elétrica quanto aos valores, as subsidiárias da estatal pediram quase R$ 21 bilhões.

De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Armando Casado, essas regras estão ainda com o Ministério de Minas e Energia que é o definidor da forma a ser pago os valores às empresas. “Temos pressa enorme quanto a isso [definição]. Espero que seja o mais rápido possível e que no próximo trimestre tenhamos essa forma”, comentou ele em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresa no segundo trimestre do ano.
Por enquanto, relatou o executivo, ainda não há nenhuma data sobre a definição e como se dará, se por exemplo, os valores serão pagos às empresas por meio da tarifa, já que não há recursos suficientes para que se faça esse repasse por meio da RGR. Além da Eletrosul que foi a primeira a entregar o relatório dos valores de indenização, com mais de R$ 1 bilhão, a Eletronorte indicou R$ 3,5 bilhões, a Chesf R$ 5,6 bilhões e Furnas R$ 10,7 bilhões, essa a última a entregar o documento à agência reguladora.
Sobre a questão da privatização das distribuidoras, Casado disse que a agenda de venda da Celg é de que o processo deva ser encerrado até novembro desse ano. “No caso das demais empresas estamos aguardado a renovação das concessões de distribuição sair para soltar o calendário de privatização de todas elas”, disse.
Além disso, a empresa admite que está estudando as usinas de Ilha Solteira e Jupiá, cujos contratos de concessão com a Cesp se encerraram no início de julho. Mas, acrescentou que isso não quer dizer que a companhia realmente deverá participar do certame que o governo realizará para essas centrais. “Ainda estamos estudando”, resumiu.