A Cemig registrou um lucro liquido consolidado de R$ 534,2 milhões no segundo trimestre do ano, um volume 27,9% abaixo do obtido no mesmo período do ano passado. No consolidado do primeiro semestre esse montante é de crescimento de 1,4%, passou de R$ 1,99 bilhão para pouco mais de R$ 2 bilhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre ficou em R$ 1,232 bilhão, queda de 21,66%. No período de janeiro a junho esse valor avançou 3,77%, de R$ 3,672 bilhões para R$ 3,811 bilhões.

A redução do ebitda na base trimestral, explica a empresa, decorre do aumento de 32,26% nos custos e despesas operacionais. As principais variações desses custos estão na energia comprada para revenda, que aumentou 23,7% no período de três meses, passando de R$ 1,869 bilhão para R$ 2,312 bilhões. A energia comprada em leilão teve aumento de 51,7%, a de Itaipu foi elevada em 102,6%, aumento de 62% no preço da energia no mercado livre, compensadas parcialmente pelo recuo do valor do insumo no MCP em 63,39% em decorrência de menor exposição da companhia.
No semestre, os custos e despesas operacionais tiveram na energia comprada para revenda o seu maior peso com 35,33% de aumento, para R$ 4,733 bilhões. Desse valor, R$ 2,085 bilhões foram despesas com energia adquirida em leilão, um patamar 71,4% maior do que em 2014, influenciado principalmente pelos gastos com contratos por disponibilidade de UTEs. A parcela de energia de Itaipu aumentou 91,4% nos seis meses, no mercado livre a elevação foi de 65,13% e que foram compensados pela redução de 47,8% nos gastos com o MCP. A receita com o fornecimento bruto de energia foi de R$ 5,818 bilhões no trimestre, aumento de 36,31% ante o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano esse resultado foi de R$ 10,957 bilhões, aumento de 32,13%.
O mercado total da Cemig no trimestre recuou 8,32% ante o mesmo período de 2014. As maiores quedas foram verificadas na classe industrial com redução de demanda em 11,55% e o rural que apresentou consumo 11,28% menor. Foram fornecidos 14.197.815 MWh. Já entre janeiro e junho de 2015 houve uma retração no mercado total de 4,26% com maior peso da demanda industrial 8,26% mais baixa que no ano passado.
Já a TUSD apresentou aumento trimestral de 138% devido basicamente ao aumento tarifário aos consumidores livres de 96,21% decorrente ao repasse da CDE mais elevada, mesmo tendo a demanda recuado 13,7%. Na base anual o aumento da TUSD foi de 76,53%, assim como no trimestre, reflexo do aumento da CDE para os consumidores livres, não obstante a queda de 12,02% em volume de energia distribuída a esses agentes.
A receita obtida com transações na CCEE recuou 25,44% no trimestre em decorrência da redução de 47,7% no valor do PLD médio na comparação com o mesmo período do ano passado, que fechou junho desse ano a R$ 356,81/MWh ante R$ 682,20/MWh em 2014. Nos seis meses a variação acompanhou o índice trimestral, com queda de 24,5%.