A questão acerca da renovação das concessões de distribuição ainda está em discussão sobre a legalidade de se permitir ou não a extensão dos atuais contratos como deseja o governo. Enquanto esse assunto não chega a uma definição, a Copel estuda reforços de investimentos em áreas onde possui algumas deficiências em relação a índices de qualidade que deverão ser exigidos das concessionárias. Para tanto está elaborando um plano de investimentos de R$ 500 milhões para atender o segmento rural e melhorar a qualidade do fornecimento a essa classe de consumidores.

O diretor presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, lembrou em teleconferência com analistas e investidores que o contrato de concessão da empresa terminou em 7 de julho e que ainda está em discussão todo o processo de renovação no Tribunal de Contas da União. “Continuaremos prestando o serviço até que as condições estejam definidas e temos todas as condições de ter nosso contrato renovado uma vez que atingimos os requisitos exigidos pelo poder concedente”, comentou ele.
A estatal paranaense afirmou que está otimista mesmo sem a conclusão da questão da renovação das concessões das distribuidoras no TCU. A empresa destacou que considera consistente a defesa que o governo tem preparado para manter a renovação mediante condições de melhoria da qualidade de fornecimento e do equilíbrio financeiro. A maior preocupação da empresa tem sido em relação aos indicadores.
Ainda há discussões acerca das métricas e de uma falta de flexibilidade das metas. E exemplificou que se a empresa está dentro dos limites estabelecidos e um evento climático extremo ocorre, pode impactar os indicadores daquele período e colocar a concessão em risco por conta de apenas um fato isolado. Segundo relatou a empresa, tanto o MME quanto a Aneel estão sensibilizados quanto à rigidez do contrato.
Em termos de investimentos em transmissão a empresa deverá manter os aportes em um nível um pouco menor do que o previsto no início do ano. Nesse ano, a empresa ainda avalia a participação no leilão de transmissão do terceiro circuito que conectará a UHE Teles Pires ao SIN. Segundo Vianna, a empresa ainda não decidiu se entrará na disputa ou com qual sócio em uma SPE. “Essa decisão deverá ser tomada na próxima semana”, resumiu. Já quanto ao leilão de energia de reserva na fonte solar, a Copel já se posicionou em não entrar na disputa. “Vamos esperar o próximo”, concluiu.