O Ministério de Minas e Energia está estudando a possibilidade de ampliar aos estados de Minas Gerais e São Paulo os efeitos da medida provisória 677, que deu condições especiais a consumidores eletrointensivos do Nordeste para obter energia da Chesf. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, há uma proposta feita pelo setor de ferro gusa que envolve cerca de 800 MW médios. Conversas com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com o Palácio do Planalto e com o relator da matéria no senado, Eunício Oliveira (PMDB – CE), já foram iniciadas. "Se conseguirmos encontrar uma solução que seja boa para todos, estaremos cumprindo uma etapa estratégica importante, que é garantir as indústrias o insumo energético competitivo nacionalmente", explica o ministro, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 14 de agosto, na sede de Furnas, no Rio de Janeiro (RJ).
Os governos dos estados também estão participando da articulação política para a criação do fundo. Seriam em torno de 600 MW médios vindos de Minas Gerais, outros 100 MW médios vindo de São Paulo e cerca de 70 MW médios do Pará, o que possibilitaria atender os consumidores eletrointensivos do país. Isso passaria pelo congresso nacional e na MP teria que ser criado um novo fundo com um novo lastro de uma outra hidrelétrica, já que Sobradinho – a usina de Chesf usada na MP 677 – não poderia mais ser usada. "É uma solução possível, mas ainda está em construção, não está decidida".