Caso a hidrologia colabore os níveis dos reservatórios fique no planejado nos meses de outubro e novembro, mais desligamentos de térmicas poderão ocorrer. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, isso ainda é uma tendência, sem poder fazer a previsão climática. A entrada em operação de várias usinas e o clima deverão ajudar o sistema a cumprir esse objetivo. Ele conta que para o biênio 2016/2017, a meta é desligar as térmicas de custo variável unitário maior que R$ 400 por MWh.

Ainda segundo Braga, hoje há uma sobra estrutural de 9 mil MW no sistema, bem diferente do início do ano, quando o panorama era bem mais difícil. Ele lembra que até novembro, a UHE Teles Pires deverá estar operando na totalidade e no fim do ano, vai haver o início da operação da usina da UHE Belo Monte e mais energia virá das usinas do rio Madeira – Jirau e Santo Antônio – deixando o sistema mais robusto.

Ele não credita a queda no consumo de energia o motivador da decisão de desligar térmicas, que foi tomada na última semana, e sim a entrada em operação de um expressivo montante de energia ao sistema. Há o planejamento para que a tarifa seja reduzida de forma planejada, com segurança. ”Iremos passo a passo, não vamos deplecionar os reservatórios”, explica. Ainda segundo o ministro, as fortes chuvas que estão assolando a Argentina deverão chegar ao país, o que vai deixar em melhor situação os reservatórios das hidrelétricas.