A Equatorial reportou um lucro líquido de R$ 500 milhões no segundo trimestre de 2015, revertendo as perdas de R$ 185 milhões do mesmo período do ano passado. No acumulado do ano a companhia já acumula ganhos de R$ 585 milhões ante perdas de R$ 170 milhões nos seis primeiros meses de 2014. A Cemar foi a responsável por R$ 83 milhões positivos e a Celpa por R$ 451 milhões. Já nos indicadores ajustados a primeira teve resultado aumentado para R$ 93 milhões e a concessionária paraense levou a ganhos de R$ 65 milhões. Segundo a Equatorial, na Celpa, o item que teve mais impacto ficou com o ajuste a valor presente da dívida que pesou em R$ 407 milhões negativos.

O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Equatorial saiu do patamar negativo para o positivo de R$ 231 milhões, o que eleva o resultado semestral para R$ 478 milhões, nível 440% acima do mesmo período de 2014. O avanço é explicado como o resultado do reconhecimento dos ativos regulatórios. A receita liquida operacional do trimestre avançou 27%, para 1,719 bilhão.
O volume de energia requerida na área de concessão da Cemar somou 1.744 GWh no segundo trimestre, aumento de 5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O volume de energia vendida pela concessionária maranhense aumentou 5,2% nesse mesmo período, para 1.424 GWh. A base de clientes aumentou 2,6%. No acumulado do ano as vendas totais de energia avançam 5,5%, sendo 5,6% no mercado cativo e em 2,8% no ambiente livre. O destaque de crescimento ficou com o classe comercial, que avançou 6,1% no semestre. A residencial e industrial cresceram 5,5% e 5,6%, respectivamente. Cabe ressaltar que o consumo industrial no ACR nessa região representa cerca de 15% do consumo residencial.
As perdas totais de energia nos 12 meses encerrados em junho de 2015 está abaixo da meta da Aneel que é de 19,4%. A Cemar reportou um nível de perdas de 17,7%. Da mesma forma, as perdas comerciais no segmento de baixa tensão ficaram abaixo da meta regulatória, em 12,4% ante um limite de 15,6%.
Já as vendas na área de concessão da Celpa caíram 5% no trimestre encerrado em junho, para 1.793 GWh. No acumulado do ano as vendas no ACR recuaram 0,1%. A empresa explica que esse comportamento pode ser atribuído à economia do país e ao aumento das perdas. As vendas totais de energia caíram 0,4% no ano, sendo uma redução de 0,1% no mercado cativo e de 6,9% no ambiente livre. No mercado cativo da Celpa apenas o segmento comercial e outros apresentaram crescimento. O residencial e o industrial recuaram 1,2%, ambos. Já o volume de energia destinado ao mercado livre caiu 6,9%.
As perdas totais de energia nos 12 meses encerrados em junho de 2015 voltaram a subir após quase dois anos de melhoria nos indicadores. O resultado reportado no segundo trimestre subiu 1 ponto porcentual, para 31,8% ante uma meta regulatória de 27,1%. As perdas comerciais no mercado de baixa tensão seguiram essa mesma tendência com aumento de quase 3 pontos porcentuais ante o registrado no primeiro trimestre de 2015, passando de 42,4% para 45,2% ante a meta de 34%.