A Eneva reverteu o resultado negativo do ano passado e registrou lucro liquido de R$ 371,2 milhões no segundo trimestre do ano. A variação de R$ 483,5 milhões é explicada com o resultado da redução de 20% da dívida previsto no Plano de Recuperação Judicial da empresa, o que impulsionou os resultados em R$ 489,3 milhões. A venda da participação de Pecém I por R$ 300 milhões também teve impacto positivo sobre o lucro da companhia, mas compensada pela perda na alienação do ativo com impacto líquido em R$ 39 milhões negativos. No semestre, a empresa elevou os resultados de um prejuízo de R$ 184 milihões para ganhos de R$ 242,6 milhões.

Contudo, o resultado líquido ajustado do período sem os efeitos não recorrentes sobre o ebitda foi de um prejuízo de R$ 92,4 milhões. Mesmo assim uma redução de 17,7% ante o mesmo período do ano anterior.
O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) por sua vez alcançou R$ 64,5 milhões no trimestre ante um volume de R$ 79,3 milhões no ano anterior. A redução tem como explicação a desconsolidação de Pecém II, que contribuiu para os resultados de 2014. O ebtida ajustado no trimestre somou R$ 50,9 milhões recuo de 35,9%.
A receita operacional líquida da empresa somou R$ 310,4 milhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 36,5% ante o reportado no ano passado. A empresa justifica essa retração em decorrência da desconsolidação de Pecém II que aumentou a receita consolidada de 2014 e à diminuição da receita variável de Parnaíba I em R$ 69,5 milhões pela redução da geração a pedido do ONS, bem como, a redução da disponibilidade da usina.
A energia liquida vendida somou 1.670,8 GWh, queda de 19,9% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. No acumulado do ano a redução é de 23,8%. Por sua vez, os custos operacionais somaram R$ 267,3 milhões, redução de 39,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2014. Destaque para a redução de 44,4% em Insumos, gastos 75,1% a menores com energia comprada para revenda e outros.