A CPFL Renováveis acredita que o ambiente para os próximos leilões de energia será desafiador. De acordo com o presidente da empresa, André Dorf, ela ainda vai avaliar a sua participação nos certames A-3 e de reserva e lembra que os preços definidos pelo governo refletiram mudanças nas condições do ambiente macroeconômico, com alta do dólar e inflação. "Temos projetos cadastrados, ainda é cedo para dizer se vamos ou não participar, ainda estamos em análise", explica Dorf, que participou de conferência investidores nesta quinta-feira, 13 de agosto.
O executivo disse também sentir falta de outros instrumentos de mercado similares ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Ele quer mais opções para captar recursos em projetos de longo prazo. "O ambiente de liquidez e custo do dinheiro projeto também é desafiador nesse momento", revela.
Dorf classifica que ainda é cedo para se definir uma solução para o GSF, que impactou a CPFL Renováveis em R$ 88 milhões no primeiro semestre. Ele também não vê uma data para a adoção dessa solução para o déficit hidrológico, mas elogia que o tema venha sendo discutido pelos agentes e pelo governo. "Temos participado das discussões, o processo está dinâmico. Os agentes estão atentos", avalia.