Na linha adotada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, a Agência Nacional de Energia Elétrica pretende manter a sinalização atual do custo de geração nos próximos meses e admite, em princípio, adotar a bandeira amarela somente se o sistema estiver despachando térmicas com custo variável unitário entre R$ 200 e R$ 388/MWh. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, reconheceu, no entanto, que a eventual suspensão de todas as liminares que impedem o pagamento pelos geradores do custo do déficit hídrico “abre espaço para uma nova revisão no valor da bandeiras”, porque haverá um alívio de custo.
Para Rufino, a decisão é uma resposta ao consumidor, que reduziu o consumo e permitiu o desligamento das termelétricas mais caras do sistema no último sábado, 8 de agosto. “ Se agora ele reagiu positivamente e fez essa redução no consumo que permitiu desligar as térmicas é mais do que justo reduzir a bandeira”, afirmou.
A mesma avaliação foi feita pelo diretor Reive Barros, relator do processo que reduz em 18% o custo da bandeira vermelha a partir de setembro. “A grande contribuição que a sociedade deu foi reduzir o consumo e, com isso, reduziu o despacho térmico”, afirmou Barros. A proposta da agência ficará em audiência pública documental entre os dias 14 e 24 de agosto e deve ser votada em reunião extraordinária no próximo dia 28.