O Conselho de Administração da Copel aprovou aporte adicional de R$ 101,3 milhões para garantir a conclusão de duas linhas de transmissão de energia que estão atrasadas. Os projetos são objetos do leilão de 2012 e deveriam ter entrado em operação em no início deste ano. As informações são da ata da reunião do dia 3 de agosto, mas que só foram divulgadas nesta quarta-feira, 12, na Comissão de Valores Mobiliários.

O conselho aprovou o aporte de R$ 26 milhões, ante R$ 71,9 milhões pedidos, para a Sociedade de Propósito Específico Matrinchã, responsável pela construção do linhão que vai escoar a energia da hidrelétrica de Teles Pires (MT- 1.820 MW). A usina está pronta, mas a linha só deve entrar em operação em 30 de novembro, segundo previsões da Copel. Nesse empreendimento, a Copel tem a chinesa State Grid como sócia. Já a SPE Guaraciaba, envolve linhas em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, receberá R$ 75,2 milhões, ante a quantia solicitada de R$ 126,3 milhões.

A Copel informou que os recursos são necessários para a conclusão dos empreendimentos e que os atrasos provocam "ônus gravíssimos" para o grupo. Em ambos os casos, a diretoria determinou que “sejam implantados controles adicionais, para um acompanhamento ainda mais rigoroso do desempenho físico-financeiro" dos projetos, de forma a assegurar a conclusão das obras. Os valores só serão liberados após apresentação de seguro garantia por parte das empresas contratadas para concluir as obras.

A diretoria da Copel ainda determinou que seja feita uma apuração para identificar "eventuais prejuízos" nos empreendimentos. “Havendo prejuízos, apontar os motivos e, se pertinente, adotar medidas de ressarcimento” junto aos responsáveis que deram causa a esses prejuízos. O Conselho da Copel também determinou a contração de consultoria jurídica para buscar orientação sobre os procedimentos a serem adotados em relação aos atrasos dos empreendimentos.