A Taesa, braço de investimentos em transmissão do Grupo Cemig, estará presente nos dois próximos leilões de transmissão de 2015, garantiu José Ragone, presidente da companhia. "A Taesa participa e considera todas as oportunidades, quer sejam M&A (fusões e aquisições) ou leilão. Iniciamos a preparação para o leilão 001/2015 há mais tempo, principalmente porque esse leilão é um conjunto de lotes antigos que deram vazios nos últimos certames. E também o 005/2015, que está sendo formatado. Também vamos participar", afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas de mercado nesta segunda-feira, 10 de agosto.

O leilão 001, que acontece em 26 de agosto, licitará 11 lotes com expectativa de investimentos de R$ 7,8 bilhões. As obras representam um incremento de aproximadamente 4.900 km de linhas de transmissão e 9.000 MVA de transformação em subestações à rede básica. A entrada em operação das linhas e demais instalações está prevista para 2018 e 2019. Já o leilão 005/2015 está com edital em audiência pública até 31 de agosto e está previsto para ocorrer em outubro. O certame será dividido em dez lotes, com empreendimentos nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

"A maioria dos lotes, em um primeiro momento, faz sentido para Taesa. O fato de termos concessões em 17 estados – mais o Distrito Federal – provem a Taesa um diferencial estratégico/competitivo bastante interessante, o que faz que qualquer lote ofertado guarde sinergia operacional com os nossos ativos. Seremos seletivos. As questões ambientais cada vez mais críticas serão devidamente consideradas", ponderou Ragone.

Apesar do discurso, a empresa mantém a estratégia de crescimento por meio de fusões e aquisições. A companhia está de olho em ativos que estão entrando em operação e podem ser alvo de venda. "Na medida em que os ativos se tornam operacionais e com a perspectiva de um volume grande de novos leilões de transmissão, acreditamos que isso gerará uma motivação para os tradicionais transmissores e construtores virem ao mercado oferecendo esses ativos já prontos", analisou Ragone.

"Independente de concorrência e disputa, o M&A para nós é uma oportunidade preferencial para a nossa estratégia de crescimento. Inicialmente, vamos estudar todas as oportunidades que nos chegarem, mas focando exclusivamente naquelas que tragam retorno à empresa. Não vamos entrar em hipótese alguma em processos predatórios que venham a prejudicar a empresa", concluiu o executivo, reafirmando que a Taesa está estrategicamente preparada para cumprir um novo ciclo de crescimento.