O preço de R$ 218/MWh para termelétricas afastou a AES Tietê de participar do próximo leilão A-3. De acordo com Ricardo Cyrino, diretor de comercialização e energia da empresa, o preço não cobriria os custos necessários para a importação de GNL. "O preço de R$ 218/MWh é totalmente distante do que a gente queria para termelétrica. O que temos visto como referência para gás seria um preço acima de R$ 300/MWh", afirma o executivo, que participou de conferência com analistas nesta segunda-feira, 10 de agosto.
Cyrino também quer um tratamento novo para projetos GNL. Segundo ele, é preciso uma adaptação dos contratos de energia para a realidade do insumo, uma vez que caso a usina não seja despachada na base, ela não vai usar o insumo que já foi comprado na totalidade. A AES Tietê tem duas usinas a gás licenciadas, além de projetos que podem implantados em parceria com a Emae.
Na conferência, a empresa também revelou que tem 180 MWp em projetos solares no estado. As usinas Parque Solar Água Vermelha I (SP – 30 MW) e o Parque Solar Água Vermelha II (SP – 150 MW) estão localizadas próximas aos ativos da empresa. Segundo o presidente do Grupo AES, Britaldo Soares, o foco da AES Tietê estará em térmicas e fontes renováveis.