A decisão para solucionar o impacto do GSF nas geradoras de energia hidrelétrica que vem sendo delineado deve ser melhor estruturada. O governo vem sinalizando que uma das soluções envolveria como contrapartida investimentos em capacidade adicional. De acordo com o diretor de Gestão e comercialização de Energia da AES Tietê, Ricardo Cyrino, a empresa não é contra essa solução, mas quer mais clareza. "Não temos nada contra adicionar garantia, mas temos que trabalhar melhor esse ponto para estruturar a solução", explicou o executivo, que participou de conferência com analistas nesta segunda-feira, 10 de agosto.

Cyrino disse ainda que a adesão ao acordo deve ser opcional, já que cada empresa pode ter a sua solução. Ele não veria entraves para a Tietê adotar essa solução. Para ele, ainda é prematuro falar de GSF para 2016, já que tudo depende da hidrologia do período úmido, de novembro até abril. Se houver mais chuvas, os reservatórios poderão ser poupados. Em caso de uma hidrologia similar a desse ano, o GSF pode se manter no mesmo nível. O executivo elogiou a atuação do governo federal e da Agência Nacional de Energia Elétrica em negociar uma solução para o tema.

Para 2016, a AES Tietê estará 83% da energia contratada, com 17% descontratados. Para Cyrino, a expectativa é que esse montante seja capaz de suprir a empresa. A perspectiva da empresa é de preços de longo prazo de R$ 160/ MWh a 180/ MWh para contratos de três anos com entrega a partir de 2017.