O lucro líquido da AES Eletropaulo (SP) alcançou R$ 48,5 milhões no segundo trimestre do ano ante um prejuízo de R$ 354,4 milhões no mesmo período do ano passado. Quando se analisa o resultado ajustado do ano passado, há uma queda de 32,5% pois se considera nesse cenário os ativos e passivos regulatórios que começaram a ser contabilizados apenas em dezembro de 2014, fundo de pensão e ativos possivelmente inexistentes. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre encerrado em junho foi de R$ 217 milhões ante um número negativo de R$ 383 milhões no ano passado, ao se considerar o ajustado, houve queda de 9,5% nessa mesma base de comparação.

O mercado total da AES Eletropaulo somou 11.038,2 GWh, um recuo de 4,4% no trimestre e de 22.422,5 GWh no acumulado do ano, redução de 3,9% ante 2014. Considerando somente o mercado cativo a redução acompanhou esse mesmo índice de desempenho, com quedas de 4,1% no trimestre e 3,7% no semestre. A maior variação negativa continua sendo verificada na classe industrial com recuos de 9,2% e de 8,5% no trimestre e semestre, respectivamente. Já a demanda dos clientes livres que estão na área de concessão apresentaram queda de 5,8% no trimestre e de 4,9% nos seis primeiros meses de 2015.
A receita bruta no trimestre foi de R$ 6,230 bilhões aumento de 101% em relação ao mesmo período de 2014. Dois fatores que elevaram esse indicador foi a obtenção de R$ 307 milhões de venda de energia no curto prazo e R$ 489 milhões relacionados à bandeira tarifária. Na comparação com a receita ajustada do segundo trimestre de 2014 com o efeito do ativo regulatório líquido no valor de R$ 631,9 milhões a receita bruta desse período ficou em R$ 3,726 bilhões, o que representou um aumento de 67,2% nesse indicador ao se comparação os meses de abril e junho do ano passado e de 2015.
Já a receita operacional líquida ficou em R4 6,587 bilhões, 47,9% mais elevada. A empresa explica que esse aumento deve-se principalmente aos reajustes da tarifa no ano que somaram R$ 2,332 bilhões, o reconhecimento de R$ 1,217 bilhão de ativo regulatório líquido. Os custos e despesas operacionais aumentaram 225,5% para R$ 5,896 bilhões, influenciada principalmente pelo aumento de 19,7% nos custos de energia elétrica comprada para revenda e de 141,9% nos custos de transmissão.
As perdas totais ficaram em 9,3%, um volume 0,59 ponto porcentual abaixo do mesmo período do ano anterior. Já o DEC piorou, foi de 9,97 horas no acumulado dos últimos 12 meses em relação ao período anterior, elevação de 22,2%. Já o FEC recuou para 3,50 vezes ante o indicador de 4,1 vezes do ano passado. Os indicadores estabelecidos pela Aneel para a empresa em 2015 são de 8,06 horas e de 5,95 vezes.