A decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico por desligar as 21 térmicas de CVU acima de R$ 600/MWh foi baseada em um estudo que o Operador Nacional do Sistema Elétrico apresentou. Foram delineadas duas hipóteses, classificadas pelo ONS como conservadoras, que avaliaram as condições de atendimento energético do SIN, bem como em 2016. Para o caso das afluências dentro do valor de vazões que é esperado, informou o ONS, os níveis de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste deverão chegar a 30,8% e no Nordeste em 14,5% ao final de novembro.

Para o ano de 2015, o ONS utilizou as projeções de valor esperado de ENA e limite inferior dessa projeção, a carga da 2ª revisão quadrimestral, as condições iniciais de armazenamento em 31 de julho associados ao desligamento das 21 térmicas. Esses dados e o valor esperado de afluências apontaram para os níveis de 30,8% no SE/CO e 14,5% no Nordeste.
A avaliação do ONS olhando para 2016 indica que seriam necessários armazenamentos de 55% no SE/CO e de 41% no NE ao final de abril para chegar a um nível de 20% em novembro do ano que vem ao se ter o segundo cenário de pior afluência da série histórica no período seco de 2016.
O ONS afirma que para se alcançar esses níveis de armazenamento indicados para abril do ano que vem seriam necessárias afluências de 70% da MLT no SE/CO e de 50% da média no NE entre dezembro de 2015 e abril de 2016, e isso, mantendo a geração térmica. Esses volumes de vazões indicados são verificados apenas em seis e duas oportunidades de toda a série histórica no país.
Além disso, afirmou o ONS em seu boletim semanal sobre o Programa Mensal de Operação, a análise de risco do déficit efetuada sob a mesma hipótese de redução de geração térmica, com as séries históricas de afluências, indicam riscos nulos para ambas as regiões, e consequentemente, para o SIN.