A AES Tietê reportou um lucro líquido de R$ 126,1 milhões no segundo trimestre de 2015, uma redução de 49,8% na comparação com o mesmo período no ano passado. Nessa mesma base o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 37,7%, para R$ 268,5 milhões e a margem caiu 21,8 pontos porcentuais, para 40,3% ante os 62,1% em 2014.

Segundo a empresa esse desempenho deve-se entre outros fatores ao maior volume de energia comprada no mercado de curto prazo decorrente da exposição ao MRE que levou a um impacto de R$ 178, 5 milhões. Cita ainda o aumento das despesas financeiras e o maior volume e preço de energia vendida para a AES Eletropaulo. No acumulado do ano o lucro da empresa alcança R$ 326,4 milhões, resultado 46,4% inferior.

A crise hídrica no país rebaixou a garantia física da empresa por meio do MRE em 19,9% no primeiro semestre do ano e de 18,9% no trimestre. Um nível bem acima dos 5% registrados nos seis primeiros meses de 2014. Contudo, a redução do PLD à metade do que se tinha no ano anterior amenizou os efeitos sobre os resultados, relatou a AES Tietê.
Com isso a energia gerada pela empresa, de 1.312,3 GWh representou o equivalente a 46% de sua garantia física em função da redução do despacho hidrelétrico por ordem do ONS que adotou essa política para a recomposição dos reservatórios, principalmente daqueles localizados nas cabeceiras dos rios.
Os custos e despesas operacionais da empresa excluindo a depreciação aumentaram 51%, para R$ 398,4 milhões, em função do maior volume de energia comprada para revenda. Já os custos gerenciáveis apresentaram estabilidade em termos nominais. A receita liquida da empresa ficou em R$ 667 milhões, um volume 3,9% menor do que no mesmo período do ano passado.
A dívida liquida da companhia aumentou 68,2% na comparação com o fechamento do mesmo trimestre de 2014. Alcançou R$ 1,122 bilhão. Os investimentos por sua vez recuaram 25,3% nessa mesma base de comparação. Ainda nesta sexta-feira, 7 de agosto a AES Tietê informou que a previsão de rebaixamento do MRE para 2015 deverá ficar entre 17% e 19%, impactando seu ebitda em uma faixa que varia entre R$ 730 milhões a R$ 810 milhões.