O lucro líquido da Petrobras recuou 43% no primeiro semestre do ano para R$ 5,861 bilhões. O resultado reflete o aumento das despesas financeiras líquidas e o reconhecimento de despesa tributária de IOF. Esse impacto foi compensado pelo crescimento de 26% do lucro bruto para R$ 47,972 bilhões, tendo em vista as maiores margens de venda dos derivados no mercado interno e o maior volume de exportação de petróleo aumento na produção.
No segundo trimestre, o lucro líquido caiu mais forte, 90%, para R$ 531 milhões. O ebtida ajustado nos seis primeiros meses do ano cresceu 35% para R$ 41,289 bilhões. No trimestre, o ebtida teve queda de 8% para R$ 19,711 bilhões.
A área de Gás e Energia registrou lucro líquido 8% menor no semestre, alcançando R$ 1,125 bilhão. O resultado foi afetado pela menor margem de comercialização de energia, com PLD menor; além de operações tributárias. Por outro lado, a empresa teve maior margem de comercialização do gás natural, aumento no volume de vendas e reversão de provisão para perdas com recebíveis do setor elétrico.
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, comentou rapidamente sobre a portaria interministerial que repactuou a dívida do fornecimento de gás e óleo para as térmicas da região Norte. Ele disse que a negociação feita no início do ano já previa a entrada de recursos da CDE. Mas ele frisou que a empresa não ficará no prejuízo. "Queria reafirmar aos acionistas que a empresa não vai ficar com prejuízo no fornecimento", afirmou em entrevista coletiva para divulgação dos resultados nesta quinta-feira, 6 de agosto.
A venda de energia para o mercado livre caiu 25% no primeiro semestre para 907 MW médios em decorrência da migração de parte do lastro disponível para o mercado cativo, que registrou alta de 49% para 3.263 MWmed. A geração da empresa subiu 15% para 5 GWmed pelo maior despacho térmico pelo ONS e da maior capacidade instalada do parque termelétrico da Petrobras. No segundo trimestre, a empresa registrou redução de 2% na geração de energia em função da menor necessidade de despacho devido principalmente à elevação dos reservatórios do norte e sul.
No segundo trimestre, o lucro da área caiu 91% para R$ 90 milhões. O montante é resultante de registro de impairment da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados V devido à exclusão do projeto da carteira de investimentos; e do estorno de crédito de ICMS nas operações de transporte de gás.
Os investimentos da empresa caíram 13% de janeiro a junho para R$ 36,174 bilhões. No segmento de Gás e Energia, houve recuou 46% para R$ 1,399 bilhão.