O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico aprovou o desligamento, a partir da zero hora do próximo sábado, 8 de agosto, de 2 mil MW médios de 21 termelétricas com Custo Variável Unitário superior a R$ 600 por MWh. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 5. A decisão representa uma economia para o sistema de R$ 5,5 bilhões em 2015, com a redução do Custo Marginal de Operação. As usinas desligadas produzem energia suficiente para abastecer 2,7 milhões de residências.
O impacto da redução do custo de geração sobre o mecanismo de bandeiras tarifárias será calculado pela Agência Nacional de Energia Elétrica nos próximos dias. “Estamos há mais de 50 dias debruçados sobre estudo que levou à decisão de hoje do CMSE em relação às bandeiras”, explicou.
O ministro afirmou que o desligamento das térmicas terá impacto positivo no GSF, com a redução do déficit de geração das usinas hidrelétricas. Desde o ano passado essas usinas têm produzido abaixo de sua capacidade, em consequência da falta chuvas, o que resultou em exposição involuntária do geradores no mercado de curto prazo. Com o desligamento das térmicas mais caras, o risco de qualquer déficit de energia no Sudeste/Centro-Oeste passou de 1,2% no mês passado para 0%. No Nordeste, esse risco já era zero, segundo o CMSE.