O diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios da Renova, Pedro Pileggi, aposta que o modelo de captação de recursos utilizado pela companhia deverá ser uma tendência no setor de renováveis brasileiro. "A gente entende que esse deve ser um modelo escolhido por vários desenvolvedores como a Renova", disse o executivo, durante apresentação dos resultados do segundo trimestre da companhia, realizada nesta quarta-feira, 5 de agosto.
A Renova celebrou um acordo com a TerraForm Global e com a SunEdison. O acordo contempla a celebração de contratos de compra e venda de ações e contratos de permuta de ativos por ações. A primeira fase envolve 336,2 MW em ativos e R$ 1,58 bilhão. A segunda fase envolve 2.204 MW de ativos e só será executada no futuro.
Com esse acordo, a companhia irá reciclar o capital investido a um custo mais atrativo e previsível e terá novas opções de financiamento baseado nos contratos de permuta e nas ações a serem recebidas da TerraForm Global. Além disso, os dividendos que a Renova irá receber da TerraForm Global servirão como fonte de recursos para o aproveitamento de oportunidades de crescimento. Segundo o executivo, a Renova está muito "animada" com esse modelo de captação de recursos. Ele afirmou que a empresa estudou vários modelos de funding até chegar as Yielcos.
Além disso, existe o contrato entre a SunEdison e a Light Energia para compra de ações da Renova, detidas pela Light. A operação permitirá o ingresso da companhia americana no bloco de controle da companhia brasileira. A negociação envolve US$ 250 milhões, referente a 15,9% de participação no capital social. Com isso, disse Pileggi, a Renova “ganha a participação do maior desenvolvedor de energia renovável do mundo”. Ele também conta com os americanos para tornar o mercado de geração distribuída uma realidade no Brasil. Pileggi ainda destacou a boa performance dos parques em operação da Renova. O projeto do LER 2009 completou 1 ano de operação com geração 10% superior a energia comercializada no leilão.