A EDP Brasil terá cerca de 20% de sua energia disponível a partir de 2016. Esse montante surge da descontratação da hidrelétrica Enerpeixe (TO- 498MW), o que permitirá a empresa se proteger do risco hidrológico no próximo ano independente da solução a ser apresentada pelo governo para o GSF.

"A boa notícia para os nossos investidores e acionistas é que a partir de 2016 teremos energia descontratada que nos permitirá ter um hedge natural para compensar o efeito da menor hidrologia. Dessa forma, a companhia passa a estar coberta do risco hidrológico de forma natural sem ter necessidade de comprar energia", disse o presidente da EDP, Miguel Setas.

Assim, a companhia terá entre 2016 e 2020, um volume total descontratado de 1.422 MW médios, uma média de 284 MW médios por ano. Contudo, esse volume pode ser ainda maior caso a antecipação de Cachoeira Caldeirão seja alcançada em janeiro de 2016, o que adicionaria mais 129,7 MW médios.

"Operamos hoje num cenário energético e macroeconômico desafiador. Por tanto, tudo isso nos leva a tomar medidas de contenção de risco", explicou Setas. "Independente da solução que vier a ser adotada para ajudar as empresas a compensar esse efeito econômico, nós temos possibilidade de ter energia disponível para fazer face as nossas obrigações”.

Dependendo da solução apresentada pelo governo para o GSF, a empresa pode vender essa energia no mercado de curto prazo ou fazer contratos de longo prazo no mercado livre. 

* O repórter viajou a convite da EDP Brasil