O setor fotovoltaico brasileiro está mais forte. O Acordo de Cooperação Técnica assinado na última terça-feira, 28 de julho, entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica tem como objetivo alavancar o setor para atrair mais investimentos estrangeiros para o Brasil. Juntas, as duas instituições vão trabalhar para promover o segmento no Brasil para os principais investidores internacionais, localizados nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. “O investimento estrangeiro direto é fundamental não só para desenvolver a cadeia de energia solar como para diversificar a matriz energética”, afirma David Barioni Neto, presidente da Apex-Brasil.
A Absolar congrega noventa empresas de toda a cadeia produtiva do setor fotovoltaico e até então trabalhava junto com a Apex-Brasil em eventos específicos, como o Invest in Brasil na feira Intersolar, que ocorreu em junho na Alemanha. Na ocasião, as entidades convidaram potenciais investidores para conversar com atores da cadeia solar brasileira – desde empresas que buscam parceiros para formar joint ventures até integrantes do governo federal como Aneel e BNDES e também de governos estaduais.
A ideia, com o acordo formalizado, é intensificar as ações e juntar dados para gerar informações estratégicas para o setor e para o país. A união das duas instituições acontece num momento efervescente do setor, com o anúncio do Governo Federal brasileiro da realização de mais dois leilões de energia solar ainda em 2015. O primeiro está marcado para o fim de agosto. “Esse passo hoje é histórico. O setor precisa deste apoio para estreitar relações com investidores e transformar a infraestrutura do país para que esteja apta a gerar e distribuir energia solar para residências, indústrias e até pequenas comunidades do interior do país”, declara o presidente do Conselho Administrativo da Absolar, Nelson Colaferro.
Este ano, a maior fábrica de painéis solares da China, a BYD, anunciou, com ajuda da Apex-Brasil, investimentos de R$ 150 milhões para instalação da primeira planta do tipo, que ficará em São Paulo.