O preço-teto de R$ 349 por MWh para energia solar permitirá uma grande competição no 1º leilão de energia de reserva, marcado para ser realizado em 28 de agosto, em São Paulo. Essa foi a avaliação do diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar, Rodrigo Sauaia.
"A Absolar parabeniza o Ministério de Minas e Energia e a Aneel pela decisão acertada de corrigir o preço-teto do leilão, levando em consideração a situação do país e também as mudanças nas condições de financiamento", disse. Para o executivo, esse leilão será desafiador, pois exigirá dos desenvolvedores uma resposta rápida na implantação dos projetos. O início de suprimento deve ocorrer em 1º de agosto de 2017.
O preço-teto do 1ºLER é 33,2% superior ao apresentado no leilão de 2014, de R$ 262/MWh. Sauaia esclareceu que isso não significa que o preço médio de venda será nessa ordem de grandeza. "Isso sinaliza o interesse do governo em investir na tecnologia. O preço-teto dá a medida do interesse real do governo em contar com a fonte."
A Empresa de Pesquisa Energética credenciou 382 projetos para esse leilão, totalizando uma oferta de capacidade instalada de 12.528 MW. Para Sauaia, ao menos 80% desses projetos devem ser habilitados para participar do certame. O executivo preferiu não arriscar um volume de contração. "O importante é que o governo planeje uma contratação anual que justifique os investimentos e traga a cadeia produtiva do setor", finalizou.