A Tractebel registrou lucro líquido de R$ 209,3 milhões no segundo trimestre do ano. Esse montante representa um aumento de 183,8% ante o mesmo período do ano passado quando a empresa reportou seu pior resultado em 10 anos. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 586 milhões, elevação de 94,4% na mesma base de comparação. De acordo com a empresa, a mudança na estratégia de alocação de energia possibilitou na obtenção de melhores resultados no primeiro semestre do 2015 do que no mesmo período do ano anterior. O lucro da Tractebel no primeiro semestre do ano avançou 52,6% para R$ 554 milhões.

Entre os fatores que a empresa destaca para o avanço dos resultados está o efeito positivo de R$ 238 milhões nas transações ocorridas no mercado de curto prazo e a elevação de R$ 172 milhões na receita líquida de venda de energia contratada. Esses eventos foram parcialmente compensados pela elevação em R$ 55 milhões nas compras com energia para revenda. Com isso, a receita líquida de vendas somou R$ 1,5 bilhão entre abril e junho.
A Tractebel vendeu 8.925 GWh de energia no segundo trimestre do ano o que representa 4.096 MW médios, uma queda de 1,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O preço médio dos contratos de venda de energia líquido das exportações e dos tributos sobre a receita, foi de R$ 170,10/MWh, um patamar 14,8% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2014. No semestre as vendas recuaram 0,6% para 4.165 MW médios ante os 4.191 reportados na primeira metade de 2014.
A produção de energia nas usinas operadas pela Tractebel foi de 9.344 GWh, ou 4.279 MW médios, uma redução de 16,2%. A redução da produção das UHEs da empresa está associada às condições hidrológicas. Do total gerado, as usinas hidrelétricas foram as responsáveis por 7.165 GWh, ou 3.281 MW médios, uma redução de 22,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, as UTEs da empresa apresentaram produção 11,9% para 1.836 GWh e as complementares 12,5% para 343 GWh.
As vendas da empresa para o ACL representaram 49,4% do total e 48,2% da receita operacional bruta. Um aumento de 5,4 pontos porcentuais e de 7,5 p.p em comparação ao mesmo período do ano anterior, respectivamente. Das vendas físicas, 48% estão destinadas a distribuidoras e 3% a comercializadoras. A dívida bruta da empresa ao final do segundo semestre do ano somou R$ 3,9 bilhões.