O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mostrou desaceleração ante o mês de junho, mas está bem acima do que foi reportado no mesmo período de 2014. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, responsável pelo indicador que é considerado uma prévia da inflação mensal, novamente a energia elétrica foi o item que mais pesou em decorrência das revisões tarifárias nas cidades de Curitiba e São Paulo. Mais uma vez, a energia se projetou como o mais elevado impacto individual no índice com 0,07 ponto porcentual.

Dos nove grupos de despesas que compõem o índice, habitação, onde está incluída a variação da energia, foi o que mais avançou no mês, 1,15%, acima do índice de 1,03% de junho.
O índice geral de julho ficou em 0,59%, enquanto o de junho foi de 0,99%. O indicador de 12 meses atrás foi de 0,17%. O resultado divulgado nesta quarta-feira, 22 de julho, é o mais elevado desde 2008 para o mês que inicia o segundo semestre. Com isso, o acumulado do ano da inflação soma 6,9%. Em 12 meses esse patamar está em 9,25%, o mais elevado desde dezembro de 2003.
De acordo com os dados apresentados pelo IBGE, a energia teve aumento médio de 44,75%, sendo que em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo as elevações de tarifa ficaram acima desse nível com 62,46%, 57,5% e 55,46%, respectivamente.