A crescente migração de consumidores do mercado cativo para o mercado livre provocou, no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 9,6% nas vendas de energia elétrica do Grupo EDP aos clientes finais das distribuidoras de São Paulo e Espírito Santo, na comparação com o mesmo trimestre de 2016. Dados divulgados pela holding mostram que, no período entre janeiro e março de 2017, as vendas chegaram a pouco mais de 3,56 milhões de MWh, dos quais 1,57 milhão de MWh foram demandados pela classe residencial – 0,9% acima do verificado no mesmo trimestre do ano passado.

A queda abrupta de mercado da EDP se deu no segmento industrial, cuja fatia caiu 34,6% em um ano e alcançou 479 mil MWh em 2017 – no primeiro trimestre de 2016 ficou em 733 mil MWh. Apenas na EDP São Paulo, onde a redução nas vendas para indústria foi de 33,9%, migraram do mercado da empresa para o ambiente livre um total de 127 clientes. Na EDP Espírito Santo, a retração chegou a 36%, sob o impacto da saída de 76 clientes para o mercado livre. Também devido à saída de consumidores do ambiente cativo, a classe comercial registrou queda de 14,2% neste trimestre.

Com a queda nas vendas para o mercado cativo, cresceu o uso do sistema de distribuição das concessionárias para atendimento aos clientes livre. A energia transitada na rede da EDP SP e da EDP ES para esses consumidores aumentou, em média, 19,6% no primeiro trimestre. No tocante à geração, o volume de energia vendida pelo Grupo alcançou 3,4 mil GWh, uma redução de 3,2% em relação às vendas no período de comparação. A geração hídrica caiu 12,4%, chegando a 1,7 mil GWh, enquanto a energia vendida da UTE Pecém I reduziu 1,1%, alcançado 1.329 GWh no trimestre.