A Empresa de Pesquisa Energética e o Operador Nacional do Sistema Elétrico atualizaram nesta sexta-feira, 17 de julho, as projeções de consumo de energia elétrica em 2015, a partir da avaliação da conjuntura econômica e do comportamento da demanda no primeiro semestre. De acordo com as novas projeções, contidas na 2ª revisão quadrimestral do Planejamento para a Operação Energética 2015-2019, a expectativa é de redução de 1,5% no consumo total de energia no Sistema Interligado Nacional em relação a 2014; e de 1,8% na carga. Na elaboração da revisão, além da dinâmica econômica, foram considerados os efeitos do aumento das tarifas de energia elétrica.
Na classe industrial, a projeção para o consumo em 2015 é de uma retração de 4,3%. Na classe residencial, haverá uma queda de 0,1%. Já na classe comercial ele vai subir 1,4%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, a carga geral projeta queda de 3,5%, enquanto no Sul o recuo será de 1,5%. Já na região Norte, haverá aumento de 1,4% e no Nordeste, de 2,6%. Para 2016, a expectativa é que carga cresça 2,4% e nos próximos quatro anos, a previsão é que ela aumente de 3,6% no SIN.
A nova projeção da carga no SIN em 2015 é inferior em 1.185 MW médios à registrada em 2014. Essa diferença corresponde à geração anual de uma hidrelétrica com 2.150 MW de potência instalada, como por exemplo, do porte da usina de Itumbiara, entre Minas Gerais e Goiás. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, a carga sofrerá redução de 1.347 MWmed e no Sul, a retração será de 177 MWmed. No Norte, a projeção indica que a carga vai crescer esse ano em 72 MWmed e no Nordeste, de subir 266 MW med.
De janeiro até junho, a carga de energia do SIN teve decréscimo em torno de 1,3% sobre igual período de 2014. A justificativa está no baixo desempenho da indústria, principalmente no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que teve recuo de 3%. No Norte, a queda foi de 1,6%. O subsistema Nordeste apresentou a maior taxa de crescimento da carga, 4,1%, principalmente como resultado do comportamento do consumo das classes residencial e comercial. Foi o único subsistema onde o setor industrial não apresentou queda de consumo até maio. A carga do subsistema Sul registrou variação nula.