No primeiro semestre de 2015, o volume de energia vendida pelo grupo EDP Energias do Brasil alcançou 4.990 GWh, 20,8 % acima dos 4.130 GWh apresentado no mesmo período de 2014. O resultado positivo foi conquistado, principalmente, graças a produção da termelétrica de Pecém I (CE – 720MW) e a estratégia de sazonalização adotada pela empresa, com maior alocação de energia nos primeiros seis meses do ano.
No segundo trimestre, o volume de energia vendida do grupo alcançou 2.686 GWh, aumento de 40,4% em relação aos 1.912 GWh no mesmo período do ano passado. Esse aumento é decorrente da contabilização do volume da UTE Pecém I (45 dias) a partir de 15 de maio de 2015, data que ocorreu a conclusão da aquisição dos 50% remanescentes pertencentes a Eneva, explica a EDP em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira, 15 de julho. Desconsiderando o volume da UTE Pecém I, o volume de energia teria apresentado aumento de 5,3% no segundo trimestre de 2015 (2.014 GWh) e de 4,6% no primeiro semestre do ano (4.319 GWh).
Em julho a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica obteve tutela antecipada que impede a aplicação do ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia. A decisão é aplicável às empresas associadas que integram a ação judicial proposta pela Apine, o que inclui a EDP, e estanca os danos sofridos em razão dos atuais valores do GSF.
Segundo a EDP, o GSF médio apresentado no segundo trimestre do ano foi de 80,8%, representando uma exposição de 359 GWh, excluindo o impacto da hidrelétrica de Jari (AP/PA-373MW), ao PLD médio de R$ 381,7/MWh (submercado SE/CO) e de R$ 211,3/MWh (submercado Norte), que foi parcialmente mitigado pela manutenção de hedge de lastro e de compras realizadas pela companhia. Apesar da obtenção da tutela antecipada, a EDP provisionará os efeitos de GSF no resultado do segundo trimestre por ainda não se tratar de decisão judicial definitiva.
Mercado Cativo – No segundo trimestre de 2015, a energia vendida a clientes finais pelas distribuidoras da EDP apresentou redução de 1,2% na comparação com o mesmo período em 2014. Segundo a companhia, o resultado reflete a queda do consumo das classes residencial e industrial, que foram influenciadas pela desaceleração da economia e pelo aumento das tarifas de energia elétrica. No semestre, o consumo se manteve estável (0,3%) quando comparado a 2014. Já a energia destinada ao atendimento dos clientes livres recuou 2,1% em função da desaceleração da produção industrial no Estado de São Paulo. No semestre, o recuo foi de 2,2% em relação a 2014.
O volume de energia comercializada no segundo trimestre totalizou 2.695 GWh, redução de 6,2% em comparação aos 2.872 GWh comercializados no mesmo período do ano passado. No semestre, o volume de energia comercializada totalizou 5.209 GWh, redução de 17,7% em comparação aos 6.329 GWh comercializados em 2014. A redução é reflexo da menor volatilidade e, consequentemente, menor liquidez no período.