A Isolux Corsán desenvolveu dois importantes projetos de geração de renda para comunidades nas áreas de influência de alguns de seus projetos na região Amazônica. De acordo com a empresa, o programa socioambiental da Linha de Transmissão Tucuruí-Xingu-Jurupari tem como objetivo apoiar, respectivamente, o povo Asuríni da Terra Indígena Trocará na melhoria da segurança alimentar e geração de renda pela agricultura, extrativismo e manejo da agrobiodiversidade. Já na interligação Tucuruí-Macapá-Manaus, o projeto piloto desenvolvido na Reserva Extrativista Rio Cajarí envolve o aproveitamento e destinação da matéria-prima florestal.
Além da geração de renda, em ambas as comunidades, a Isolux atuou para a restauração de áreas degradadas, o que auxilia na recomposição da paisagem e, simultaneamente, criando florestas com disponibilidade de recursos naturais para o uso e comercialização. A companhia também foi responsável pela capacitação das comunidades, com o objetivo de fortalecê-las institucionalmente para que possam defender seus direitos e buscar a melhoria da qualidade de vida e gestão dos negócios, tais como coleta de sementes, produção de mudas, implantação de agro-florestas para produção sustentável de alimentos e produtos florestais in natura e manufaturados.
Iniciado em 2008, o projeto socioambiental da LT 500kV Tucuruí-Xingu-Jurupari identificou a necessidade de implantar novas técnicas agroecológicas e extrativistas, que permitissem reduzir impactos negativos da agricultura tradicional, sem ferir a cultura e a tradição da comunidade. Para isso, a Isolux adotou a experimentação como linha metodológica em contraponto à imposição cultural. Entre as novas práticas propostas está a inserção do manejo da matéria orgânica, adubação verde, cultivo de espécies perenes e implantação de um viveiro de mudas.
Durante a construção da interligação Tucuruí-Macapá-Manaus, a empresa adotou uma série de medidas para minimizar os impactos da obra na região, como a instalação de torres mais altas, um traçado próximo às rodovias para reduzir a necessidade de acessos, uso de tecnologias que permitem diminuir a supressão de vegetação, alteração da locação das torres para proteger mananciais, matas ciliares e áreas de preservação permanentes. Ainda assim, ao longo de seu traçado, a linha de transmissão atravessou 64 quilômetros na reserva florestal Rio Cajarí e, mesmo com todas as soluções de engenharia sustentável, se tornou necessário suprimir algumas áreas de mata nativa, o que gerou cerca de 6,5 mil m³ de madeira em tora e mais de 4 mil m³ de lenha.
O Projeto Piloto de aproveitamento e destinação da matéria-prima florestal foi criado pela Isolux com o intuito de assegurar a utilização da madeira oriunda da referida supressão pelas comunidades extrativistas dessa reserva. Para sua viabilização, foram promovidas capacitações em processamento da madeira, marchetaria, movelaria e gestão de projetos. Tudo foi concebido em parceria com o ICMBio, Embrapa e representantes das comunidades do Alto Cajarí, além do ter contado com apoio de agências de fomento, Sebrae, Senai e sindicatos madeireiros.