O Preço Médio de Liquidação das Diferenças em julho deve ficar em R$ 318 por MWh para todos os submercados, de acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica na reunião do InfoPLD, realizada nesta segunda-feira, 29 de junho. Ainda de acordo com a CCEE, o mês de junho, com média de R$ 369/MWh, foi o segundo em que o PLD ficou abaixo do índice máximo, de R$ 388,48/MWh. Em maio, ele foi de R$ 387/MWh nos Submercados Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste e R$ 137/MWh no Norte. Em fevereiro de 2016, o preço pode flutuar entre R$ 130 e R$ 160/MWh.
A projeção para o fator de ajuste do mecanismo de realocação de energia indica que em junho ele ficará em 78,3%. Já em julho a previsão é que ele caia para 76,5% e volte a subir em agosto para 83,1%, podendo chegar em dezembro com 87,5%. Segundo as projeções de referência, a média anual será de cerca de 82,1%, mais de oito pontos percentuais abaixo dos 90,7% registrados em 2014.
A estimativa de Encargos de Serviços do Sistema para junho prevê o valor de R$ 649 milhões, em que R$ 11 milhões são referentes a restrição operativa e R$ 638 milhões virão de segurança energética. A previsão para julho indica que o ESS ficará em R$ 890 milhões, sendo R$ 77 milhões para restrições operativas e R$ 813 milhões para segurança energética. Nos meses seguintes, há uma tendência de subida e ele passará de R$1 bilhão em setembro. No fim do ano, ele vai ficar em R$ 979 milhões. As projeções indicam que os custos com o encargo chegam a R$ 9,03 bilhões no ano. O descolamento entre o Custo Marginal da Operação e o PLD deve ficar em R$ 1,1 bilhão. A maior parte desses custos aparece nos quatro primeiros meses do ano, ficando praticamente nulos a partir de julho.
A Média de Longo Termo de junho no submercado Sudeste/Centro-Oeste foi de 89%, quando a previsão era de 100%. No Norte, os 108% esperados se transformaram em 95%. No Nordeste, que tinha expectativa de 66%, registrou 54%, continuando a ficar com resultados bem abaixo da média histórica. O Sul foi o único submercado que apresentou alta, com previsão de 89% e realização de 142%. Para julho, a previsão Sudeste/ Centro-Oeste é de 91%. No Sul, o esperado é que ela fique em 118%. Na região Norte, ela deve ser de 89% e no Nordeste, de 60%.
No consumo, vem ocorrendo queda desde abril de 2014 no ambiente de comercialização livre, se acentuando em junho, caindo 7% desde então. No ambiente de contratação regulada, houve redução de 0,5% em abril e de 4,2% em maio de 2015.