O primeiro leilão de energia solar promovido pelo governo de Pernambuco em dezembro de 2013 poderá ter uma segunda edição. Após 18 meses, apenas um projeto dos negociados naquela época está quase pronto para iniciar a geração. Os demais terão até o início de janeiro de 2017. Apesar desse cenário o secretário de Energia do Estado, Eduardo Azevedo, afirmou que a situação está equacionada e a perspectiva é de que o prazo de execução de novos projetos sejam mais ágeis do que os negociados no primeiro certame.
O executivo explicou que os atrasos foram ocasionados por uma série de fatores que envolveram o licenciamento, que é de responsabilidade estadual, e da assinatura da outorga junto à Agência Nacional de Energia Elétrica. Somente esse segundo fator deixou os projetos parados na agência por um período de seis meses em decorrência da realização de outros leilões nacionais que têm prioridade para o país.
“Esse foi o primeiro leilão com contratos então havia processos que nunca se fez e sem a outorga da Aneel ninguém vai começar a investir. Mas agora está tudo resolvido”, afirmou o secretário após sua participação na 2ª edição do PV Power Brazil 2015, em São Paulo, nesta segunda-feira, 29 de junho.
Segundo Azevedo, agora com todas as questões processuais solucionadas a perspectiva é de que o estado realize novos leilões regionais. A experiência de 2013 mostrou que agora o governo poderá atuar como indutor dessa geração e ainda atuar como incentivador de empreendimentos ao ceder terrenos para a implantação de novos projetos em regiões já mapeadas. Entre as características desses terrenos estão a proximidade com a infraestrutura de escoamento de energia o que dá uma conexão mais barata, potencial de insolação e de baixo nível de IDH que visa promover benefícios sociais na região em que se encontram. Além disso, acrescentou, está o fato de o governo poder indicar a necessidade de contratação de energia da fonte para suas necessidades.
“Com todos os riscos mitigados, o custo, a nossa expectativa é de que o preço possa baixar e aumentar a velocidade de implantação”, afirmou Azevedo, que disse ainda que o preço teto de R$ 250/MWh do certame de 2013 poderá baixar mas que a questão cambial é que vai determinar qual o nível de preço a ser praticado para essa fonte de geração.
Dos projetos vencedores, a usina de 11 MWp da Enel Green Power está próximo de gerar. Segundo Azevedo o empreendimento poderia gerar a partir de 1º de julho, mas a autorização é de iniciar a operação até o inicio de novembro. A usina depende ainda da licença de operação que é de responsabilidade do estado de Pernambuco. A energização do projeto é previsto para o mês que vem.