A viabilização de térmicas a gás abastecidas por Gás Natural Liquefeito nos últimos leilões de energia nova foi considerada um avanço pelo diretor de gás e energia da Petrobras, Hugo Repsold. De acordo com ele, esse movimento vai ser bem-sucedido. "Quanto mais houver diversificação nas fontes de suprimento para geração, mais vai ter uma geração qualificada", afirma o diretor, que participou de seminário do Instituto Brasileiro do Petróleo, realizado no Rio de Janeiro (RJ) nesta quarta-feira, 24 de junho.
Ainda de acordo com o diretor da Petrobras, a grande disponibilidade de oferta de gás hoje está com o GNL e o setor elétrico pode se utilizar dele para se expandir. Mas ele lembra que a flexibilidade do insumo deve ser adequada ao setor. "É importante que existam térmicas na base, que elas despachem regularmente e se possa trazer o GNL", aponta. Segundo Repsold, a Petrobras trabalha para desenvolver as reservas brasileiras e três rotas de escoamento do gás do pré-sal estão sendo implementadas para aumentar a disponibilidade do gás.
Há a vontade do governo em fazer uma flexibilização nos contratos de gás necessários para cadastro de projetos nos leilões. Hoje o empreendedor deve ter um contrato que garanta o insumo por 25 anos. Há a possibilidade que eles sejam reduzidos para 15 anos. De acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, caso a mudança ocorra ela valerá apenas para os próximos leilões de térmicas, ainda sem data para ocorrer.
