A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu na última terça-feira, 16 de junho, o Rating Nacional de Curto Prazo ‘F1+(exp)(bra)’ à proposta de emissão de notas promissórias de cinco sociedades de propósito específico, que em conjunto, integram o complexo eólico Energia dos Ventos. O prazo das emissões vencem no fim de agosto de 2015, e perfazem um total de R$ 40 milhões, com juros equivalentes a 110% da taxa DI.
Segundo a Agência, o rating reflete a qualidade de crédito do acionista e garantidor das SPEs que compõem o projeto Energia dos Ventos, a Alupar Investimento, avaliada com o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’, de perspectiva estável.
O complexo eólico Energia dos Ventos se encontra em estágio pré-operacional, com expectativa de gerar receitas a partir de janeiro de 2016. As notas promissórias, no valor de R$ 40 milhões, em conjunto com a primeira emissão de debêntures, de R$ 100 milhões (Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’, de perspectiva estável), atuam como empréstimos-ponte. Esses empréstimos devem ser refinanciados por soluções de longo prazo originadas em sua maioria pelo BNDES e possivelmente por emissões no mercado de capitais. Caso as soluções de refinanciamento não sejam concluídas até os respectivos vencimentos, a Alupar, sengo garantidora das notas, deverá efetuar os pagamentos de principal e juros acumulados. Os ratings estão diretamente vinculados à garantia da empresa. Desta forma, alterações no rating da companhia poderão refletir na qualidade de crédito das notas promissórias.
O complexo eólico Energia dos Ventos está localizado na cidade de Aracati (CE). O projeto está sendo estruturado para ter capacidade instalada total de 98,7 MW. Contratos de Comercialização de Energia no Ambiento Regulado foram celebrados com 26 distribuidoras, por meio do Leilão A-5, realizado em 2011, ao preço de R$ 109,90/MWh, ajustado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. O projeto prevê entrega anual de 39,9 MW médios, volume inferior ao certificado a uma probabilidade de excedência média de 90% ao longo de dez anos, o que é considerado positivo. Volumes gerados em excesso aos 39,9 MW proveem fluxo de caixa adicional ao emissor.
O projeto tem investimento orçado em aproximadamente R$ 480 milhões, e a expectativa é de que cerca de 28% do total sejam financiados por capital do acionista. O custo dos 47 aerogeradores AGW de 2,1 MW, produzidos pela Weg, representam cerca de 70% de todo o investimento. Com base no fim de maio de 2015, as obras civis e montagem de equipamentos haviam avançado 32%. O início da operação comercial do complexo eólico está previsto para janeiro de 2016, em cumprimento às autorizações concedidas.