A Eletrobras apresentou na madrugada da última quinta-feira, 11 de junho, uma proposta aos trabalhadores numa tentativa de encerrar com a greve que já dura 11 dias. A proposta prevê o pagamento escalonado de PLR equivalente a 1 folha salarial a até uma folha e meia, a depender do resultado operacional de cada subsidiária. A proposta será levada à votação nesta sexta-feira, 12 de junho, às 16 horas, para uma parte dos funcionários. Uma segunda assembleia está prevista para segunda-feira, 15 de junho. Caso seja aprovada pelos funcionários, a greve no sistema Eletrobras deve terminar no início da próxima semana.
"Dentro do momento em que estamos atravessando, entendemos que a proposta é razoável", disse Fernando Pereira, secretário de Energia da Federação Nacional dos Urbanitários e coordenador do Comando Nacional dos Eletricitários. Pereira, contudo, aleta que a proposta deve receber resistência por uma parte dos funcionários, que desejam cobrar seus diretos na Justiça do Trabalho. "Tem alguns trabalhadores que acham que é melhor ir para a Justiça." De acordo com Pereira, o sistema Eletrobras conta com 24 mil colaboradores em 14 empresas. Apenas 30% do efetivo, da parte operacional, está em atividade.
Em nota divulgada no início da greve, o Comando Nacional classificou como "lamentável" a posição da holding de não avançar mais na proposta de PLR, já que toda negociação parte da premissa de que sempre é possível conquistar algo a mais. "A choradeira de que as condições econômicas e financeiras são ruins não comove a categoria. Pois, se existe uma situação adversa para holding à culpa não é dos trabalhadores, ela foi gerada pela ação equivocada do governo. Os números apontam para os excelentes resultados operacionais, prova que os empregados fizeram a sua parte para o fortalecimento da Holding e agora querem receber aquilo que lhe é de direito", escreveu em um trecho.