A divisão de motores da Scania, que produz unidades tanto para o uso em caminhões e ônibus quanto para outras aplicações, como o uso em geradores de energia, estima um crescimento em unidades destinadas a energia elétrica na ordem de 15% para este ano. O resultado da empresa reportado em 2014 foi de um avanço de cerca de 20% em termos globais. A América Latina, área de atuação da fábrica que fica em São Bernardo do Campo (SP), foi a responsável por 40% do crescimento do ano passado.

Esses números foram apresentados pelo gerente de Vendas da divisão de motores da Scania, Fábio D’Angelo. A previsão, explicou ele, tem como base os resultados consolidados do primeiro semestre do ano e a expectativa para o segundo semestre. “Geralmente, o último trimestre é onde se verifica o maior movimento de aquisições dessas máquinas no segmento industrial, onde estão os motores para o uso em geração de energia”, explicou ele.
A fábrica da empresa sueca, está com uma produção diária de 90 motores. Esse volume representa ocupação de pouco mais de 50% de sua capacidade nominal diária, considerando todas as destinações do produto. Contudo, o segmento industrial vem aumentando sua participação nos negócios da empresa. De acordo com a empresa, a divisão chegou a ser de 90% para o segmento veicular e 10% apenas para o industrial. Atualmente, essa distância foi reduzida para algo próximo a 60% contra 40%, respectivamente.
Essa unidade de produção ao lado de uma outra fábrica na Suécia são as duas únicas a produzirem motores no mundo. De acordo com Rudnei Udovic, gerente da linha de montagem de motores da Scania, a capacidade de produção na unidades pode ser de até 260 unidades com aprimoramento de processos e o aumento do número de turnos de acordo com o número de vendas que são realizados.
Entre negócios que podem ser realizados estão o fornecimento de motores para eventos esportivos como a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro e o fornecimento para empresas que são clientes regulares da Scania e que alugam geradores, explicou D’Angelo. Ele coloca como vantagens do produto que vende a característica de ter mais de 60% de conteúdo local para dois modelos, o de nove e treze litros, o que mantém a perspectiva de atender o conteúdo de nacionalização de um grupo gerador para ser elegível ao Finame do BNDES. Já motores maiores são importados da Suécia.
*O repórter viajou a convite da Scania

(Nota da redação: matéria alterada às 12:17 horas do dia 11 de junho de 2015 para corrigir percentual de conteúdo local do produto)