A Engie Brasil deve participar dos próximos leilões de geração de energia do governo com projetos renováveis, indicou o presidente-executivo da companhia, Maurício Bahr. De acordo com o executivo, a participação deve ser dar com projetos eólicos ou solar, provavelmente localizados na Bahia, pois não há tempo suficiente para viabilizar a UTE Norte Catarinense (600MW). "Temos vários projetos em estudo, mas não sei se na área de gás consigo viabilizar em tão pouco tempo. O gasoduto não chega no Sul, então precisaria injetar gás no sistema através de um terminal, mas isso requer tempo", explicou o executivo, que participou nesta quarta-feira, 10 de junho, de evento no Rio de Janeiro.
A Engie, que tem a Tractebel Energia como braço de investimento em geração no Brasil, participa dos estudos da UHE São Luiz do Tapajós. Porém este é um projeto que ainda precisa ser "lapidado". Para o executivo, não há dúvidas que Tapajós é importante para o país, a questão pendente é a forma de como a usina deverá ser construída. "Como implementar Tapajós é uma discussão que tem que ser feita. Mas no longo prazo vale a pena para o país, com certeza." Ele lembrou os casos de Jirau e Santo Antônio, em que houve muita discussão, mas no final os empreendimentos acabaram sendo viabilizados e hoje estão entregando energia no sistema. "Ainda bem que hoje existe os projetos do rio Madeira. Olhando para trás, valeu a pena fazer", disse.