Um conjunto de obras da Celesc moderniza o sistema elétrico no sul de Florianópolis (SC), que possui aproximadamente 35 mil unidades consumidoras – residenciais, comerciais, públicas e industriais. As melhorias envolvem recursos de R$ 1,7 milhão e reúnem equipamentos de última geração. A companhia espera, dessa forma, tornar mais robusta a rede de distribuição por meio de dois conjuntos de ações, que serão concluídas em breve. A situação do abastecimento deve ter melhora sensível, assegura o responsável pela Divisão Técnica da Agência Regional de Florianópolis, Adriano Luz.
A instalação de novos religadores na subestação Sul da Ilha, situada na região do trevo do Campeche, e também ao longo dos três alimentadores locais, marca uma etapa das ações. Por meio da automação, a nova estrutura permite a recomposição do sistema com maior agilidade, além de simplificar os movimentos técnicos de restabelecimento da energia. A previsão inicial da distribuidora indica que tudo esteja concluído até o fim de junho. Gerenciados pelo Centro de Operação de Distribuição da Agência Florianópolis, localizado no bairro Estreito, via telecomando, os religadores permitem que as manobras do despachante aconteçam quase ao mesmo tempo em que ocorre um problema na rede de distribuição – seja técnico ou por ação do ambiente. Com isso, muitas vezes, não há necessidade de deslocar viaturas e eletricistas para refazer o abastecimento da energia.
A segunda etapa envolve uma tecnologia pioneira no estado. Por meio de equipamentos IntelliRupter, conhecidos também como testadores de rede comandados via rádio, o sistema se recompõe automaticamente, manobrando os três circuitos alimentadores do sul da Ilha. Atualmente, o despachante do COD precisa mandar uma equipe percorrer a rede para encontrar o problema ou manobrar as cargas com a finalidade de isolar o trecho com defeito.
Com os novos equipamentos, o sistema isola o segmento com falha, restabelecendo rapidamente o fornecimento para os demais clientes, sem necessidade de envolver o COD ou o despachante. Dessa maneira, um número muito menor de consumidores será afetado pela falta de energia. Estimativas do fabricante e dados do mercado indicam uma redução no tempo de suspensão do fornecimento de energia com a automatização, dando maior agilidade à recomposição do sistema. Com isso, a Celesc espera reduzir em 25% o Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, índice que mede o tempo médio em que as unidades ficaram sem o serviço de fornecimento de energia. O DEC é um dos critérios de avaliação da concessionária por parte da Aneel.
Para 2015, também está prevista a construção de um novo alimentador para os bairros Campeche e Areias do Campeche, aumentando a recursividade do sistema elétrico da região. O conjunto de obras no sul da Ilha prevê também chaves religadoras monofásicas inteligentes. Para o titular da Divisão Técnica da Regional, isso diminui consideravelmente o tempo médio de atendimento e afeta positivamente os indicadores DEC e de Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, índice que mede a quantidade média de interrupções no abastecimento.