Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 26 de maio apontam redução de 4,2% no consumo e de 4,1% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo mês de 2014. As informações estão na última edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. O boletim também apresenta a estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem o equivalente a 78,6% de suas garantias físicas, ou 39.248 MW médios em energia elétrica, na quinta semana de maio.
A análise do desempenho da geração de energia aponta a entrega de 58.533 MW médios ao Sistema Interligado Nacional em maio. O destaque é novamente para a produção das usinas eólicas, com 2.086 MW médios, montante 174,5% maior que o registrado no ano passado. Já as usinas hidráulicas produziram 41.202 MW médios, uma queda de 4,1%, e representaram 70,4% da geração de energia no país, mesmo índice registrado em 2014.
O consumo de energia elétrica, segundo os dados do boletim, somou 56.197 MW médios, com redução tanto no mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, quanto no Ambiente de Contratação Livre, no qual os consumidores compram energia diretamente dos fornecedores. O consumo cativo, que registrou 41.890 MW médios, teve redução de 4%, enquanto a queda entre os agentes livres foi de 5,5%, com consumo de 14.307 MW médios.
Na análise do consumo pelos segmentos industriais que adquirem energia no Ambiente de Contratação Livre, os setores de extração de minerais metálicos, que subiu 7,3%; telecomunicações, com 6,4% de aumento e madeira, papel e celulose, que subiu 0,5%, foram os únicos que tiveram aumento do consumo no período. Os demais ramos da indústria registraram queda, com maior redução nos de bebidas, que caiu 18,6%, saneamento, com redução 15,1% e veículos, com 13,7%.
Também houve baixa de 1,5% na geração e no consumo, com oscilação negativa de 6,8% de energia dos agentes autoprodutores. Mesmo diante desse cenário, destaca-se o consumo das empresas autoprodutoras que atuam no segmento de extração de minerais metálicos, que aumentou 14% e de manufaturados diversos, que cresceu 3,5%, que apresentaram elevação significativa no período.