O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou restabelecer o clima de diálogo com o setor elétrico é o primeiro desafio do governo nesse ano. O ministério com esse movimento vem na esteira do compromisso do governo em viabilizar a expansão da capacidade de geração de energia de forma limpa e segura e com custo compatível e num momento como o atual em que o país passa por um momento de ajuste.

Dentro do contexto do ajuste fiscal, afirmou Braga, a contribuição do segmento de energia está diretamente ligado à competitividade da indústria, que em muitos casos possui na energia o principal peso sobre os custos de produção. Apesar dessa visão, lembrou que nesse ano o segmento de energia teve que dar sua contribuição ao ajuste fiscal do governo. Essa mudança veio por meio do não aporte do Tesouro Nacional na CDE e que levou ao realismo tarifário.
“A indústria precisará de energia mais competitiva, principalmente a eletrointensiva para que esta seja competitiva para que sua produção possa ser competitiva. Para isso, é necessária uma reengenharia do setor”, disse Braga em sua apresentação na 12ª edição do Enase, nesta quarta-feira, 27 de maio e que é realizada no Rio de Janeiro.
Para conseguir essa mudança, continuou Braga, há desafios em torno da tarifa passa pela questão da compreensão que o mundo muda e o clima também. Por isso, lembrou que o governo vem trabalhando em soluções para elevar a capacidade de geração de energia por meio de fontes renováveis já que o clima tem impacto no setor elétrico, ainda mais no brasileiro, porque tem grande parte de sua geração baseada na hídrica.
Nesse sentido, a perspectiva é de que o governo encerre o ano com 6,4 GW em capacidade nova instalada, tanto que até abril foram 2 mil MW de capacidade nova. Em linhas de transmissão a perspectiva é de que o país tenha 7.120 km entregues e funcionando para reforçar e aumentar a robustez do sistema. O ministro lembrou que o país precisa de diversificação das fontes com o avanço da GD fotovoltaica, bem como as térmicas de base para agregar segurança ao setor. Mas lembrou que o país não abrirá mão das fontes renováveis.