A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica deve deliberar em agosto sobre o resultado da audiência pública aberta para discussão conceitual do GSF. O diretor relator da matéria, Tiago Correia, salientou que a implementação da solução, contudo, pode não ser imediata, se depender de intervenção de outras esferas como o ministério de Minas e Energia.
Correia defendeu a nota técnica apresentada pela Aneel, que mostra que o prejuízo líquido dos geradores é de R$ 800 milhões. E não de cerca de R$ 15 bilhões revindicado pelos geradores. "A nota foi uma resposta contundente para os argumentos apresentados. Não significa que o problema não exista. O problema existe sim, mas não é grande. Não é igual para todos", afirmou em entrevista durante o Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico nesta quarta-feira, 27 de maio.
A argumentação dos técnicos da agência é que a maior parte do prejuízo foi repassada aos consumidores por serem do risco hidrológico das usinas renovadas e de Itaipu. O diretor disse que qualquer solução não poderá prever tratamento uniforme e geral, já que a questão afeta os agentes de forma distinta. "Quem quiser aderir [a solução] terá um custo, uma contrapartida", salientou.