Sob olhar do mercado, o impacto do risco do GSF no sistema tem sido alegado como fator de desequilíbrio financeiro para os geradores. O tema está em audiência pública na Agência Nacional de Energia Elétrica e nota técnica produzida pelo órgão regulador sobre o tema apontou que os prejuízos seriam menores que o anunciado. De acordo com Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel, o desafio será o de achar um ponto de equilíbrio entre os afetados pelo risco e quem eventualmente seria chamado a cobrir esse déficit. "A conta não some, ela vai ser alocada para alguém. Quem poderia ser chamada para pagar a conta? É importante que compareça na audiência e coloque a sua perspectiva", explica Rufino, que participou nesta quarta-feira, do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, no Rio de Janeiro (RJ).
Mesmo sem poder emitir uma opinião sobre o tema, já que vai deliberar sobre ele, o diretor da Aneel reconhece que deve ser perguntado qual é o risco presente para o gerador na hora da contratação, ou mesmo se há esse risco. Ainda de acordo com Rufino, é difícil que o risco de ganhar fique com o agente e o risco de perder com o consumidor "Vai sair um posicionamento da Aneel sobre a visão dela sobre o GSF. Ele é um desafio.", explica.
Rufino também quer mais informações junto com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica para quem está entrando no mercado livre. Já há material, mas ele quer uma espécie de cartilha mostrando os eventuais ônus que a migração traria. Ele conta que muitas vezes comercializadoras atraem clientes que ao se sentirem insatisfeitos por algum motivo não podem migrar de volta imediatamente.