A Eletrobras aguarda a publicação do decreto com as condições de renovação das concessões para retomar os estudos destinados à venda parcial ou total das seis distribuidoras do grupo incluídas na proposta de reestruturação do banco Santander. A Celg Distribuição está fora dessa lista, mas deve ser a primeira empresa federalizada a ter seu controle negociado após a prorrogaçao do contrato, informou o diretor Financeiro da estatal, Armando Casado de Araujo.
Além da inclusão da Celg-D no Programa Nacional de Desestatização, uma cláusula do contrato venda de parte das ações do governo de Goiás para a Eletrobras prevê a privatização da distribuidora em 18 meses. A conclusão do processo em 2015 vai depender, porém, do andamento do processo de licitação, que terá de se conduzido pela estatal.
Segundo Casado, a intenção é vender, no mínimo, os 51% necessários à transferência de controle societário da distribuidora. Não está descartada a negociação da totalidade do capital social da Celg, de acordo com as condições do mercado. O modelo de venda a ser adotado tanto para a distribuidora goiana quanto para as demais empresas do grupo vai depender das condições de renovação das concessões, como os investimentos necessários para alcançar nos próximos cinco anos os índices de qualidade que serão exigidos das concessionárias.
Além da Celg-D, a Eletrobras avalia a venda de participações ou até mesmo do controle das distribuidoras de Alagoas, Piauí, Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima. “Quando foi feito esse trabalho do Santander, até por ganho de escala na distribuição, praticamente todos os players do mercado manifestaram interesse no negócio”, afirmou Casado, acrescentado que o interesse permanece. Ele destacou que praticamente todas as empresas de distribuição da Região Norte estão integradas ao Sistema Interligado Nacional e, com isso, podem comprar energia de diferentes fontes nos leilões do mercado regulado.
As seis alternativas do estudo apresentado pelo banco consideram as possibilidade de venda da maior parte das ações, com a manutenção de participação minoritária da Eletrobras nas empresas; a negociação de todas em conjunto e até a venda em bloco das que estão localizadas na mesma região. O executivo participou de audiência pública sobre a Conta de Desenvolvimento Energético nesta quarta-feira, 20 de maio, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.