O endividamento da Cemig ficou em R$ 11,9 bilhões no primeiro trimestre do ano e a empresa quer reestruturar esse débito. A meta na subsidiária de geração e transmissão, a Cemig-GT onde a dívida líquida é de R$ 6,2 bilhões é alongar o prazo e aumentar o montante que é indexado à inflação para obter maior previsibilidade e controle na alavancagem. No segmento de Distribuição, a ideia é também de alongar o débito que está em R$ 5,8 bilhões.

Em ambos os casos, o maior indexador da dívida é o CDI que varia de acordo com a taxa básica de juros, a Selic. Tanto que a empresa vem reportando um aumento do custo médio real de seu endividamento. No caso da GT passou de 6,54% ao ano em março de 2014 para 8,51% ao final de março deste ano, sendo que 82% está indexada ao CDI e apenas 16% ao IPCA. Já no segmento de distribuição, o aumento passou de 6,02% para 7,07% onde 51% da dívida está atrelada ao CDI e 44% ao índice de inflação oficial.
Em relação à alavancagem medida pela relação entre dívida líquida sobre o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a Cemig-GT apresenta um quadro mais favorável, apesar de aumentar no último ano, esse indicador é de 1,41 vez, ante o indicador de 0,89 vez um ano antes. Já na Cemig-D essa relação passou de 5,52 vezes para 3,87 vezes.
Apesar desse cenário referente à dívida o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Fabiano Maia, destacou que os aportes da Cemig somaram R$ 644 milhões, cerca de 25% do planejado pela companhia no ano, que está em R$ 2,347 bilhões.