A Cemig está otimista quanto o desenrolar das negociações com o governo sobre as usinas que tenta renovar a concessão, as UHEs Miranda, São Simão e Jaguara. De acordo com o presidente da estatal mineira, Mauro Borges, há interesse mútuo nas conversas que estão sendo conduzidas por ele e pelo ministro de Minas e Energia Eduardo Braga.
“Evidentemente, minha perspectiva é positiva e acredito que há interesses mútuos tanto da União quanto da Cemig em uma solução para que todos ganhem”, afirmou o presidente da Cemig em teleconferência sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre do ano. “Como se sabe o processo de negociação dessa dimensão leva tempo e precisamos fechar os aspectos para não ter risco de judicialização”, acrescentou.
Borges afirmou que ainda não há uma data estimada para que essa solução seja alcançada. Pode ser que o final dessas tratativas ocorra no segundo semestre, mas não assegurou que essa seja a data com a qual a empresa trabalhe.
A disputa entre a Cemig e a União vem desde que o governo anunciou a MP 579 em 11 de setembro de 2012. A estatal mineira decidiu não renovar a concessão de geração das suas usinas enquadradas pela medida. Porém, para as três usinas que ainda negocia com o governo federal, a decisão foi de recorrer à Justiça para garantir a renovação dessas concessões. Segundo a empresa, esse direito estava assegurado no primeiro contrato. Até o momento a empresa possui liminares que garantem a manutenção do controle das usinas de São Simão e de Jaguara.