O lucro líquido ajustado por efeitos não recorrentes da Cemig no primeiro trimestre de 2015 recuou 31,89% na comparação com mesmo período do ano passado. Os ganhos da estatal mineira caíram de R$ 1,338 bilhão para R$ 911,445 milhões. Sem esses efeitos, a estatal registraria um aumento de 18,76%. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 22,31%, para R$ 2,578 bilhões. Esse efeito refere-se à reorganização societária da Aliança Geração de Energia, que impacto negativamente os resultados da empresa em R$ 573,1 milhões.

A receita bruta consolidada da Cemig avançou 31,42% no trimestre para R$ 7,941 bilhões, enquanto a receita líquida aumentou em um patamar de 24,2%, para R$ 5,849 bilhões. Entre os custos operacionais mais relevantes, o dispêndio para a compra de energia para revenda avançou 48,67%, passando de R$ 1,628 bilhão para R$ 2,421 bilhões. Essa é a maior conta do trimestre no que se refere aos custos operacionais, representa pouco mais da metade desse item do balanço da empresa. No total, os custos operacionais avançaram 49,82%.
Esse aumento de despesas com a compra de energia, explicou a Cemig, para o segmento de distribuição, decorre do aumento dos custos de Itaipu e aumento nas despesas com a aquisição de energia em leilões. No segmento GT o aumento foi de 70,87% entre os dois primeiros trimestres, e decorre de uma maior atividade da comercialização, associação do maior custo de aquisição do produto.
No consolidado, as vendas de energia da Cemig somaram 11.746 GWh, uma queda da 1,82% na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior mercado, com 50% desse total e o industrial, seguido pelo residencial com 22% e 14% tendo como destino a classe de consumo comercial e serviços. Outros 7% foram destinados ao mercado rural e 7% a outras categorias de consumidores.
As vendas totais de energia a consumidores finais da Cemig, incluindo os segmentos de geração e distribuição além das controladas, por sua vez, recuaram 0,28%, para 15.782 GWh tendo a industrial com redução mais significativa, de 293 GWh a menos do que no primeiro trimestre de 2014, retração de 4,8%. O mercado cativo da Cemig-D somado o fornecimento no ACR, a energia transportada para o ACL e distribuidoras que se utilizam das redes da estatal somou 10.999 GWh, retração de 1,9% em relação aos três primeiros meses de 2014. Esse resultado foi alcançado com o crescimento de 0,5% nas vendas ao ACR e a queda de 9,6% no consumo do mercado livre.
Já na Cemig-GT a energia faturada somou 10.613 GWh, queda de 1% nesse mesmo período de 2014. Esse volume teve como destino 4.781 GWh para consumidores livres, uma redução de 3,8%, 2.520 GWh com a comercialização de energia para outros agentes do setor elétrico, aumento de 30,1% em função de novos contratos com comercializadoras e a queda de 18,6% nas vendas para o ACR em decorrência de términos de contratos com esses consumidores. Na CCEE as vendas recuaram 7,3%. A divida total consolidada da Cemig terminou o trimestre em R$ 13,056 bilhões, um valor 3,35% inferior ao reportado no último trimestre de 2014.