A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 5,330 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 1% menor que o obtido em igual período do mesmo ano. O resultado foi afetado pela depreciação cambial do período, segundo Aldemir Bendine, presidente da companhia nos comentários do balanço. O ebtida ajustado da empresa alcançou R$ 21,5 bilhões, com alta de 50%, e o lucro bruto, R$ 13,3 bilhões, 76% a mais.
"Este resultado é explicado, sobretudo, pela maior produção de petróleo, pelas maiores margens nas vendas de combustíveis no Brasil e pelos menores gastos com participações governamentais e importações", afirmou o executivo. A receita de vendas da empresa caiu 9% para R$ 74,353 bilhões nos três primeiros meses do ano.
A área de Gás e Energia registrou alta de 167% no lucro líquido do trimestre, que chegou a R$ 1,376 bilhão. O aumento do lucro decorreu, principalmente, da reversão de provisões para perdas com recebíveis do setor elétrico, bem como do aumento na margem média de comercialização de gás natural, em função dos menores custos com importação de GNL e da maior oferta de gás natural nacional.
Esses efeitos foram compensados parcialmente pela menor margem média de comercialização de energia elétrica, em decorrência da redução do PLD, e pelo fato do primeiro trimestre de 2014 ter sido beneficiado pelo ganho obtido com a venda da Brasil PCH. O volume de venda de energia no mercado livre caiu 27% para 911 MW médios devido à migração de parte do lastro disponível para o ambiente de contratação regulada.
A geração de energia cresceu 24% para 5.110 MW médios em decorrência do maior despacho termelétrico pelo ONS e da maior capacidade instalada das usinas do parque termelétrico. As vendas no ACR totalizaram 3.263 MW médios, 73% maior.
Os investimentos consolidados da empresa somaram R$ 17,843 bilhões, 13% a menos que de janeiro a março do ano passado. Na área de Gás e Energia, os aportes recuaram 43% para R$ 652 milhões.