O governo do estado de São Paulo espera pela aprovação da lei que autoriza a Cesp a formar sociedade de propósito específico para definir mais detalhadamente os caminhos que a companhia deverá seguir. O secretário de Energia do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, não estimou qual o horizonte de tempo que esse projeto, que está na assembleia legislativa há cerca de 10 dias, poderá ser aprovado. O representante disse apenas que essa aprovação deverá ocorrer em um tempo razoável.

“Como a Cesp era muito grande evidentemente tem hoje ônus desse gigantismo e que estão sendo reduzidos. Depois da aprovação por parte assembleia e respeitando sua independência, vamos verificar os setores em que a companhia pode investir, em participação minoritária com o setor privado para alavancar investimentos pois não é papel do estado investir”, afirmou Meirelles.

Contudo, o executivo não descartou áreas de atuação. A Cesp poderá participar de UHEs, em térmicas, além dos segmentos já revelados em outras ocasiões como a participação em fontes renováveis, principalmente biomassa. Apesar de térmica poder estar no escopo de atuação da Cesp, essa fonte pode ser desenvolvida em todo o estado a não ser na região metropolitana de São Paulo, área de atuação de outra estatal, a Emae.

Sobre as usinas que a Cesp deverá devolver a concessão ao governo federal, a UHE Jupiá  (SP/MS, 1.551 MW) e a UHE Ilha Solteira (SP/MS 3.444 MW),  a empresa já informou ao MME que tem a disponibilidade de manter a operação das centrais mesmo após o encerramento do contrato de concessão, que ocorre em 7 de julho. “Fomos consultados pelo governo e manifestamos nossa decisão de operar as duas UHEs”, finalizou ele.