O governo paulista abrirá este mês uma chamada pública para colocar uma nova térmica a gás natural na cidade de São Paulo. A ideia é de que esse novo projeto tenha 250 MW de capacidade instalada e possa entrar no leilão A-3 ou A-5 de 2016. Essa chamada é para encontrar uma empresa da iniciativa privada para formar uma sociedade de propósito específico para disputar um dos dois leilões.
De acordo com o secretário de Energia do Estado, João Carlos Meirelles, o contrato de fornecimento de gás natural está equacionado com a Comgás já que há uma sobra do insumo vindo da Bolívia. A localização da nova central de geração é ao lado da atual UTE Fernando Gasparian, mais conhecida como usina Piratininga, em plena zona sul da capital paulista. No local já há um ramal de fornecimento de gás natural e, segundo o secretário, capacidade de fornecer gás para uma segunda central como a planejada. Além disso, relatou o representante do governo, há na região duas linhas de transmissão, fato que facilitaria o acesso à rede básica.
“Podemos fazer com a Emae uma SPE em que entraríamos com valores imporantes como o terreno e sua mais valia e até engenharia”, disse ele. “Não será como uma térmica como as de hoje de ponta será uma de ciclo combinado operando 24 horas por dia e 365 dias por ano onde seríamos minoritários e não majoritários e operado pela empresa sócia da Emae nessa SPE”, disse ele.
Meirelles disse após sua apresentação no Forum Cogen/CanalEnergia GD e Cogeração – Iniciando um Novo Ciclo de Desenvolvimento, realizado em São Paulo, que a intenção é de ser um indutor desse tipo de investimento no estado, por isso a meta de encontrar um sócio majoritário. Esse projeto deverá estar formatado em cerca de 12 meses, quando o modelo de negócio, a participação de uma empresa da iniciativa privada e o equity estiverem definidos. A partir de então é que se definirá em qual certame essa nova usina poderia participar.