O leilão de fontes alternativas 02/2015 acabou de começar. O certame é operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e realizado pela internet. Estão em disputa três produtos: dois para térmicas a biomassa e um para eólica, os primeiros com o preço-teto de R$ 215/MWh e os parques eólicos a R$ 179/MWh.
O primeiro produto na disputa será o térmico a biomassa para início de suprimento em 1º de janeiro de 2016 para empreendimentos de energia existente. O segundo de térmicas a biomassa originada de novos projetos está com o inicio de suprimento marcado para 1º de julho de 2017, mesma data para o produto eólico que for negociado no certame.
Foram habilitados pela Empresa de Pesquisa Energética 200 projetos. Esse volume de empreendimentos está dividido entre 172 parques eólicos, 23 usinas de biomassa com início de suprimento em 2016 e seis térmicas a biomassa para o produto a ser entregue em 2017. De acordo com balanço da Agência Nacional de Energia Elétrica, apenas um empreendimento participará dos dois produtos térmicos.
De acordo com a diretora da Thymos Energia, Thaís Prandini, no caso das térmicas é possível que apenas as usinas para o produto de 2016 possam participar do leilão efetivamente. Isso porque três dias depois, em 30 de abril, o mesmo tipo de usina poderá disputar o A-5 com o preço teto de R$ 281/MWh. Já no caso das eólicas, a tendência é de a capacidade de entrega de equipamentos ser a responsável por limitar a participação da fonte no leilão.
Esse fato é confirmado pela presidente executiva da ABEEólica, Élbia Silva Gannoum, que apontou o prazo de entrada desses parques em dois anos como um impeditivo à ampla participação em decorrência da alta ocupação das fábricas no atual momento. Além disso, a conexão à rede também se coloca como outra barreira para novos projetos pelo exíguo prazo para sua execução.