A termelétrica Parnaíba II (MA – 518 MW) vai entrar em operação comercial em julho deste ano. O anúncio foi feito por Marcelo Costa, diretor de Relações com Investidores da empresa, em encontro com investidores realizado nesta terça-feira, 19 de abril, no Rio de Janeiro (RJ). Apesar de não estar em operação comercial, a usina já está gerando energia. Por força de um acordo de compensação com a Agência Nacional de Energia, três unidades geradoras da UTE Parnaíba I (MA -676 MW) foram desligadas em detrimento do acionamento de uma unidade da Parnaíba II, de modo a substituir essa energia. Após o término da implantação e o início da operação da Parnaíba II, todas turbinas de Parnaíba voltam a operar normalmente.

Costa também revelou que a Eneva vai colocar em revisão estratégica dois ativos menores da sua carteira em operação. A térmica de Amapari (AP – 21,6 MW) e a usina solar Tauá (CE – 1 MW). "Não há um prazo definido, ao longo do ano nós vamos decidir", explica Costa. A Eneva, que recentemente anunciou a aquisição da PGN, coloca essa operação com a exploradora de gás natural como o assunto mais relevante para a empresa neste momento. Apenas após esse processo a revisão começará a ser elaborada, consolidando o destino das usinas e o direcionamento da empresa. "Ao concretizar tudo é que vamos ver a estratégia da companhia daqui para a frente, sinalizando para o mercado o que vamos fazer", avisa.

A usina de Amapari, que é movida a óleo diesel e supria a Anglo Amapá, não está operando desde o segundo semestre de 2014. Já a UFV Tauá opera normalmente. Apesar da planta solar ser de apenas 1 MW, ela tem autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica para chegar aos 50 MW de capacidade. Inaugurada em 2011, ela é uma das primeiras plantas solares do país em operação, antes mesmo da fonte ser comercializada em leilões de energia regulada. 

Costa ainda apresentou projetos do seu portfólio de desenvolvimento para a expansão da empresa, como o fechamento do ciclo de Parnaíba I, que agregaria mais 360 MW para a Eneva ao custo de R$ 600 milhões. Há ainda um complexo eólico de 600 MW que demandaria investimentos de R$ 930 milhões e o Açu Gás Natural, complexo portuário termelétrico de mais de 2.000 MW que está em revisão.