O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou a concessão de financiamento de R$ 679 milhões à empresa Atlantic Energias Renováveis para implantação do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul. O empreendimento, orçado em R$ 1,2 bilhão, é formado por doze parques com potência instalada de 207 MW, suficiente para atender cerca de 400 mil residências ou 1,2 milhões de habitantes. O apoio do BNDES será concedido de forma mista, sendo R$ 449 milhões diretamente pelo BNDES Finem e R$ 230 milhões repassados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. O projeto também poderá emitir R$ 109 milhões em debêntures de infraestrutura.
Localizado em 10.424 hectares de áreas arrendadas na Metade Sul do estado, uma região economicamente deprimida, o empreendimento terá impactos relevantes no desenvolvimento local e regional, com estímulo à diversificação econômica. Durante a construção dos parques, serão gerados cerca de 700 empregos diretos e outros 30 na fase de operação. Por ser um investimento em fonte energética renovável e limpa, o complexo contribuirá também para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.
A assinatura do contrato de financiamento do BNDES e do BRDE com a Atlantic acontece nesta segunda-feira, 24 de abril, em cerimônia no Palácio Piratini, do Governo do Rio Grande do Sul, com a presença do governador do estado; da superintendente da área de Energia do BNDES, Carla Primavera, e do CEO da Atlantic, José Roberto de Moraes. A energia do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar foi contratada no Leilão A-5 de 2013 e no Leilão A-3 de 2014. A Atlantic Energias Renováveis, controlada pelo grupo britânico Actis, tem um portfólio com 29 ativos no Brasil, sendo uma PCH e 28 parques eólicos, com 652 MW contratados, dos quais 318 MW em projetos já implantados e operacionais, localizados nos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As obras do Complexo Eólico foram iniciadas em agosto de 2015 e contarão com aerogeradores da Acciona instalados em torres com altura de 120 metros e capacidade de geração de 3 MW cada um. No total, serão 69 aerogeradores de última geração, conectados a três subestações que já se encontram em operação. Atualmente o Complexo possui 111 MW em operação comercial. Dos 12 parques previstos, cinco já estão concluídos, contando com 32 aerogeradores instalados. A previsão é de conclusão das obras ao longo de 2017.